Como escolher e conservar móveis para áreas externas

Dia de céu azul, com sol na medida certa, é um convite irresistível para relaxar sobre uma cadeira na varanda ou no jardim – desde que, claro, o móvel não esteja soltando tinta nem machuque a pele por estar trincado. Portanto, para descansar de verdade, você precisa saber, bem antes do dia em que quiser se deixar largar na cadeira, se o material pode ou não ficar exposto à ação do clima.

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Raul Hilgert, arquiteto especializado em áreas exteriores, afirma que são três os materiais mais usados para esse tipo de decoração: alumínio, ferro e madeira. A principal vantagem do primeiro é sua durabilidade – resiste às ações do sol e da chuva sem necessitar de cuidado especial. “Além disso, é bem leve e consegue comportar linhas mais modernas”, afirma.

O ferro costuma chamar atenção por ser estiloso, mas tem como desvantagem o peso. Também é preciso tomar algumas precauções para evitar ferrugem. “O ideal é buscar o ferro galvanizado, mais resistente, e sempre passar uma tinta esmalte protetora, que deve ser renovada a cada dois anos. No entanto, ele não é indicado para áreas próximas ao mar, onde a ação da ferrugem é muito mais forte”, diz Hilgert.

Já a madeira é mais aconchegante, mas demanda manutenção constante. Para Ari Jung, proprietário da AJ Móveis, fabricante especializada em móveis de madeira para áreas externas, a melhor forma de conservar as peças é usando stain impregnante. “É um produto específico para este tipo de acabamento. Além de proteger a superfície contra umidade e fungos, não trinca sob ação do sol e da chuva”, explica. O verniz, antes muito usado, tem a desvantagem de não deixar a madeira aparente, por formar uma película sobre o móvel. Além disso, começa a descascar após alguns meses.

Qualquer que seja o revestimento escolhido, porém, é importante que seja refeito a cada ano. “Fora isso, também é recomendável passar óleo de peroba ou linhaça uma vez por mês, para evitar que o móvel resseque. Pode ser aplicado com um pano mesmo, como se estivesse lustrando a mobília. Em casas perto do litoral, o cuidado deve ser redobrado, por conta da ação do ar marinho”, diz Jung.

Outro fator importante para a durabilidade é o tipo de madeira utilizada. De acordo com Jung, o mais indicado para as áreas externas é a teca. No entanto, como só começou a ser plantada no Brasil há cerca de 15 anos, é necessário importá-la – o que encarece bastante. “O ipê também é ideal, mas aí entramos na questão do desmatamento, pois é uma árvore que leva 300 anos para crescer. Então, as alternativas mais viáveis são jatobá e eucalipto”, sugere Jung.

Fonte Portal Terra

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